A última noite da mostra lotou a sala de conferências do bloco G do Centro Universitário da Serra Gaúcha.
Os curtas-metragens exibidos trouxeram em geral a violência como ferramenta de discussão, temática que tem sido uma referência para as produções. As películas do gênero apresentam esse cotidiano de violência que precisa ser discutido.
O Exílio Fala dirigido por Anne Salles trouxe uma reflexão sobre suicídio e solidão. A fotografia e a sonoplastia retrataram a intensidade da história.
O curta Água foi o que gerou maior polêmica para o debate realizado após as exibições. O tema escolhido pela diretora Giulia Góes, sobre a perda, o luto e o vazio, retratou a tragédia da Boate Kiss, de Santa Maria. Durante o debate houve uma série de críticas quanto a escolha do tema, por ser denso e ainda não ter um desfecho final. Mas o papel de reflexão do curta-metragem é exatamente de trazer temas atuais para a discussão.
Venatio, curta de Ulisses da Motta, abordou o tema racismo, e foi elogiado pela técnica de filmagem e fotografia, mas, segundo os avaliadores, deixou a desejar nos efeitos especiais.
E por último, mas não menos importante, o curta-metragem A princesa, sem dúvidas uma grande produção, tanto na fotografia, elementos de cena, locação e desfecho. Os diretores Rafael Duarte e Taísa Marques puseram em discussão a relação da padronização da beleza e o sofrimento e dor para manter-se nesse padrão exigido pela sociedade.